Quando namoramos e/ou casamos com alguém, sem perceber, começamos a medir o outro. O que faz, como faz, se faz.

No casamento, é muito fácil começar a medir o outro por essa régua de utilidade. Se o outro me ajuda, faz por mim, colabora, então é bom. Se ele só pede, não me ajuda e não faz as coisas que gosto, então é ruim. Triste realidade!

Mas deixa eu te contar uma história.

Um casal jovem, na casa dos 22 anos, se casa. Desde o namoro, se amam apaixonadamente e vivem um para o outro. Católicos, devotos e cheios de otimismo, se casam planejando os melhores anos de suas vidas.

O rapaz, no casamento, a todo tempo estava com os olhos cheios de lágrimas, pois olhava sua amada, agora esposa, e via nela tudo o que desejava. Ela era um anjo, lhe ajudava, motivou ele a abrir seu próprio negócio, apoiava em tudo. Ela era o motivo dos seus mais largos sorrisos e mais grandiosas vitórias.

Indo para a lua de mel após aquele lindo casamento cheio de pessoas queridas, uma bela e feliz festa, decidem sair direto para a lua de mel. A esposa ainda com seu vestido branco com mangas longas entra no carro sendo olhandos pelos últimos raio de sol daquele tarde.

Entram no carro e partem sorrindo. No percurso para a viagem, sofrem um acidente grave. Um carro imprudente ultrapassa em um local proibido e bate de frente com o carro do jovem casal.

Depois de 10 dias, o noivo acorda na cama do hospital. Cheio de machucados, mas bem. Ele imediatamente pergunta sobre sua amada.

A tia ao lado da cama começa a lacrimejar os olhos. Ele pergunta desesperadamente e ele diz que vai chamar o médico.

Alguns longos e intermináveis minutos passam e o médico chega. Ele diz ao rapaz que sua esposa está viva no quarto ao lado. Ele suspira aliviado e limpa as lágrimas que pesam toneladas.

Porém, o médico continua…

Ela ficou tetraplégica. Infelizmente não tem chances de voltar a andar. O rapaz trava!

Agora, precisamos nos, leitores, perguntar: E agora?

A moça que tanto lhe ajudou vai precisar de ajuda até o último dia de sua vida.

Todos nós, casados, precisamos refletir sobre o peso de nossas vidas. Como seremos lembrados? Nosso parceiro(a) de vida contará o que após nossa partida?

A história desse casal não é real. Eu a inventei para que você reflita sobre o quanto tem cobrado do seu parceiro(a) de casamento.

Sem nenhuma doença ou uma deficiência como da história, será que não tem transformado seu amado(a) em um fardo?

Esse rapaz da história agora teria que tomar uma decisão: cuidar amorosamente da sua amada que tanto lhe prestou ou virar as costas. Diariamente tomamos essa decisão!

Lembre-se de quantos momentos bons viveu com seu esposo ou esposa. Se possível, escreva 5 bons momentos que você lembra. Tente se lembrar e olhar para sua vida de 5 coisas que você tem e viveu só por ter essa pessoa na sua vida.

O casamento não é fácil, mas se tem algo que eu tenho certeza é que ninguém se casa com um inimigo. O problema é que deixamos o amor esfriar. Amor precisa ser cultivado e cuidado DIARIAMENTE!

Se você fosse esse rapaz da história, agora teria uma responsabilidade que poderia ou não assumir. Poderia fugir reclamando que é pesado demais ou cuidar com todas as forças daquela mulher que lhe fez um homem melhor, sendo dono de uma empresa, mostrou o amor e sem fugir da realidade, deu até aquele acidente, aquela chance de cuidar de alguém que não podia mais fazer “nada” por ele.

Eu e você recebemos esse convite diário – cuidar do outro. Amar com tudo o que temos e ganhar peso na vida. Fazer isso é transformar nossa vida em um peso sólido que deixa rastro por onde passa.

Se pergunte se alguém poderia usar sua vida como exemplo de amor, de caridade, de coragem?

Que não esperemos um acidente ou alguma tragédia para só então tomarmos essa decisão. Sendo realista, a verdade é que poucos vão passar por grandes tragédias, e graças a Deus por isso.

O problema real é que nas tarefas mais cotidianas, mas básicas, mas rasteiras aos nossos olhos, podemos demonstrar pelo outro o quanto é importante e com isso alargar nossa capacidade de amar.

Nossa vida não são festas de casamento ou acidentes trágicos o tempo todo. A minha e sua vida são rotinas comuns de acordar, trabalhar, lavar a casa, arrumar a cama e por aí vai.

É nesse dia a dia comum que devemos buscar ganhar peso, buscando amar e não conheço um lugar melhor que o casamento para isso.

Se está numa fase difícil, lembre-se dos bons dias e das boas coisas que já viveu. O amor de vocês está ainda enterrado dentro de imaturidades e egoísmos.

Desejo que sua vida tenha peso, que tenha amor. Só lembre-se que o amor precisa ser cultivado!

Se precisar da minha ajuda pessoal, agende sua orientação terapêutica comigo.

De coração, desejo o melhor para seu casamento e família. Espero que você também!

 

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