Todos temos problemas em nossos casamentos, são o que chamo de vales.

Não é porque falo de relacionamento que não tenho os meus com minha esposa. Não quero te ensinar a não ter essas vales, mas a passar por eles de forma madura e com o mínimo de ferimentos.

Às vezes, minha esposa está mal, cai em algum vício ou comete uma injustiça que me deixa bravo. E quando isso acontece, o que fazer?

As 2 opções mais usadas são:

  • discutir, cobrando do outro uma melhora.
  • culpar e ficar de cara feia.

Parecem atitudes bobas lendo, mas goste ou não, precisa assumir que são as opções mais usadas por todos e talvez por você também. Porém quero propor uma direção pouco convencional – a de abraçar os defeitos e problemas do outro.

Quando casamos, compramos essa briga, mas esquecemos dessas bases fundamentais do casamento.

“…Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza…”

90% dos casamentos fracassam justamente nos momentos em que marido/esposa mais precisam do seu parceiro.

Você sabe, basta olhar atentamente e ver que o mundo tem se tornado a passos largos num ambiente completamente oposto à promessa do amor.

E quando falo o mundo, falo de você e de mim também!

Esse oceano de egoísmo nos afunda em nós mesmos e o resultado são casamentos felizes em viagens e verdadeiros infernos em casa. São redes sociais cheias de fotos sorrindo e os quartos da casa cheios de lágrimas e gritos.

Não estou falando que você precisa assumir a responsabilidade pelos problemas do seu marido ou esposa. JAMAIS.

Porém, você pode assumir a responsabilidade por ajudar, por ser quem caminha na direção da solução junto. Na verdade, em um casamento deveria ser natural querer ver o bem do outro.

Infelizmente trocamos o “ver o bem do outro” para “ver o outro apenas quando estiver bem”. Negamos olhar para o quem dizemos amar quando está mal, quando ela precisa de nós.

O marido/esposa torna-se aquele mendigo sentado na saída da loja que você tenta negar olhar para não ter que ajudar.

Se o marido ou esposa não está vendo a realidade das coisas, está confusa sobre algo e brigando por motivos bobos e eu percebo que isso é errado, não é meu dever criticar e cobrar melhora, mas sim propor caminhos para tal a solução.

Onde está sua aliança com o outro? Está apenas no dedo? Perdeu-se o significado simbólico até disso!

Os vícios da minha esposa, os erros, os males que faz e não vê não são minha culpa, mas eu só posso amá-la integralmente se olhar para cada uma dessas coisas como oportunidades de ajudar e amar.

Seus amigos são testados na adversidade, nos momentos difíceis, concorda? Já deve ter ouvido isso.

Pois é, meu querido(a), seu amor também!

Nos vales do casamento, nos momentos de necessidade do seu marido/esposa é que se provam o seu amor.

A dificuldade em praticar isso é justamente a régua da nossa dificuldade de amar.

Não é fácil, sei que constatar e até aceitar essa realidade é difícil. Mas o céu não é para todos. Não me refiro ao céu da religião em si, mas desse lugar de paz, ternura, amor e verdade.

Essa vida é possível. Esse casamento é possível. É possível ser feliz nos vales e nos picos, mas para isso precisamos ser capazes de amar igualmente nos vales e nos picos. O amor é o único caminho. Tenho absoluta certeza de que só a compreensão e aceitação do que leu até aqui já te promoveria um estado de paz em seu coração.

É sua escolha. Minha parte estou aqui fazendo.

Te desejo de coração que coloque em prática. Abrace os problemas do outro não como seus, mais como oportunidades de ajudar e com isso de amar e matar o egoísmo que vive em você.

Acredite, você não será infeliz fazendo isso. Pelo contrário, irá brotar em você um oceano de coragem e vontade de viver.

Agora será o que, em vez de reclamar, ajuda.

Em vez de criticar, caminha junto.

Em vez de apontar o erro, aponta a solução.

Você agora ama fazendo e não só falando. Sua aliança agora não vai estar apenas no dedo!

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